O Gavião

Sou Gavião fiel de origem louco
Nada bobo, não brigo pelo jogo, sou fogo contra fogo
Mais vale uma familia e um qualquer no bolso

Sabotage

1963051_1463878707160413_227125653_n
Foto: Marco À Souza
11376180_547472635392286_1673586456_n
Foto: Marco À Souza

 

 

 

 

 

 

 

 

Em frente à minha janela
Tem um gavião voando
Faz um voo tão morno
e voa muito mais bonito
que o avião mais moderno
Sei que é rapinagem pura
mas tudo que Deus Criou
Tem se portado muito bem
eu acho que o gavião tem
é todo direito de estar
voando e rapinar e planar
e voar de novo se quiser
mais bonito que seu jeito
Só existe no Mundo alguém
Que quero ver e não vejo
Eu Só alimento nesta vida
Um desejo
Voar como um Gavião
E voando a procurar
Te encontrar andando
no chão desprotegida
te carregar pro ninho
depois vou te mastigar
Com todo amor e carinho

EdsonRicardoPaiva

LUA

10983584_798167376886455_764251970_n
FOTO: MARCO À SOUZA

São demais os perigos desta vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida.
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher.
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer, de tão perfeita.
Uma mulher que é como a própria Lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua.

Vinicius de Moraes

 

1742111_432120806918457_573348372_n
FOTO: MARCO À SOUZA

A LUA FOI AO CINEMA

A lua foi ao cinema,
passava um filme engraçado,
a história de uma estrela
que não tinha namorado.

Não tinha porque era apenas
uma estrela bem pequena,
dessas que, quando apagam,
ninguém vai dizer, que pena!

Era uma estrela sozinha,
ninguém olhava para ela,
e toda a luz que ela tinha
cabia numa janela.

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor,
que até hoje a lua insiste:
– Amanheça, por favor!

Paulo Leminski

Explorando as casas débeis ao redor do roque

Este Post foi retirado da apostila “Ataque ao Rei Inimigo”, que foi confeccionado por mim em 2008. Caso alguém deseje a apostila completa, basta deixar nos comentários a solicitação e seu email.

Nós estávamos dizendo na introdução da partida RagozinVeresov, que as premissas de ataque são as fraquezas das casas ao redor do roque. A próxima partida ilustra de um modo geral como as fraquezas de estrutura de peões podem ser usadas para esta finalidade.

Baumstark,G – Levitina,I
Olimpíada Feminina de Medellín – Medellín, 1974

1.e4 Cf6
A Defesa Alekhine é uma das aberturas mais controversas. As Negras deliberadamente deixam o centro para as Brancas, enquanto na mesma hora perdem vários tempos, movendo mais de uma vez com a mesma peça, para atacar depois o centro Branco. Esta estratégia pode parecer duvidosa pelo menos, mas até agora não foi encontrada uma clara refutação, o Branco normalmente ganha pouco a pouca uma vantagem na fase de abertura.

2.e5 Cd5 3.d4
O Branco pode trazer os quatro peões para o centro com 3.c4 Cb6 4.d4 d6 5.f4 mas depois de 5… dxe5 6.fxe5 Cc6 7.Be3 Bf5 ou até mesmo 6…c5 o Branco tem problemas para defender os seus próprios peões centrais.

3… d6 4.Cf3 g6
As variantes principais são 4… Bg4 e 4… dxe5.

5.Bc4
A variante mais agressiva contra este sistema. As alternativas são 5.c4, 5.Be2 e 5.Cg5!?

5… Cb6
Também é possível 5… c6

6.Bb3 d5?!
A continuação principal é 6…Bg7 com a idéia de 0-0, enquanto mantêm a possibilidade de destruir o centro de peões branco. Com o lance da partida, o Negro restringe a atividade do bispo em b3, mas ao mesmo tempo permite o Branco a manter a cadeia central de d4-e5 forte que limita a atividade do bispo em g7.

7.a4
O Branco tenta ocupar espaço na ala da dama, isto por que o Negro é forçado a fazer o próximo lance.

7… a5
Parece que nada foi mudado, mas há alguns aspectos que poderiam ser favoráveis ao Branco no futuro. Em dos lances pelos quais o Negro pode destruir o centro é c7-c5. Interpondo os lances 7.a4 e 7…a5, o Branco obtém controle da casa “b5”, no caso do Negro jogar c7-c5.

8.Cc3 Bg7 9.0-0 0-0 10.Te1
O Branco não tem nenhuma razão para jogar 10.h3, obstruindo o lance Bg4, porque a troca do bispo de casas brancas pelo cavalo em f3 não melhora a posição do Negro.

10… Bg4
O Negro decide trocar o bispo pelo cavalo porque ele não tem nenhuma outra possibilidade para colocá-lo em uma posição mais favorável. Para destruir o centro com c7-c5, o Negro é forçado a jogar e7-e6, assim ele escolhe trocar o bispo.

11.h3 Bxf3 12.Dxf3
O Branco alcançou uma posição superior na fase de abertura, com a vantagem de espaço na ala do rei devido a cadeia de peões centrais de d4-e5. O problema principal do Negro é a falta de contra-jogo, qualquer abertura na posição permitirá um aumento na força do par de bispos branco.

12… e6
Com este lance, o Negro tenta arruinar o centro com c5, mas isto o valerá ao enfraquecimento crônico das casas negras na ala do rei. O Negro não percebe este enfraquecimento porque acha que o bispo em g7 defende essas casas, mas este bispo pode ser trocado no futuro.

Problema

diagrama13_ataque_ao_rei_inimigo

Indique o melhor lance para as Brancas

13.Dg3!  

O Branco prepara desenvolver o bispo em g5, e explorar a fraqueza das casas negras na ala do rei trocando o bispo de casas negras.

13… c5?!  

Ansioso para se livrar o mais rápido possível do centro branco, o grande mestre começa a arruinar o centro, enquanto pula a preparação deste lance com 13…Ca6, 13…C8d7 ou 13…C6d7. Como o Branco tem uma vantagem de desenvolvimento clara, enquanto se abre à posição fica muito arriscado para o Negro.

14.Bg5!   

O bispo branco é desenvolvido e enfraquece ainda mais a casa “f6” do negro, permitindo vários ataques.

14… De8

Depois de 14… Dd7 15.dxc5 Cc8 16.Tad1 Dc6 17.Cxd5! exd5 18.Bxd5 Dxc5 19.Bxb7, o Branco obteve vantagem decisiva no jogo Haag-Kavalek, 1967

15.dxc5 Cc8 16.Tad1 Ca6

O Negro ameaça levar de volta os peões sacrificados e ao mesmo tempo prepara o lance… Ce7 com as idéias… Cf5 e… Tc8. A continuação 16…Dc6 teria conduzido ao jogo igual o de Haag-Kavalek mencionado acima.

Problema

diagrama14_ataque_ao_rei_inimigo

Ache a melhor continuação para o Branco

17.Dh4!  

Impede o lance Ce7 negro e fortalece o controle nas casas Negras na ala do rei.

17… Cxc5

Problema

diagrama15_ataque_ao_rei_inimigo

Ache a melhor continuação para o Branco

18.Bxd5!!  

Um sacrifício que destrói a estrutura defensiva do Negro. Destruindo a cadeia de peões centrais, permitirão ao cavalo em c3 se unir as forças de ataque brancas que se encontram na ala do rei para aproveitar a debilidade da casa “f6”.

18… exd5 19.Cxd5 Ce6

Depois de 19… Dxa4 20.Td4 Dc6 21.Cf6+ Bxf6 22.Bxf6 h5 23.Dg5! a fraqueza das casas negras decide o jogo, por exemplo,: 23… Rh7 24.Th4 seguido por Txh5+!

20.Cf6+!  

Agora o Negro é forçado a dar o seu defensor das casas negras, debilitando assim irremediavelmente a sua posição.

20… Bxf6 21.exf6

As casas negras na ala do rei estão agora dominadas pelo Branco. A ameaça é Dh6, seguido pela eliminação do defensor da casa “g7” com Txe6.

21… Rh8?  

Mais resistência teria sido oferecido com 21…h5, até mesmo depois que 22.Bh6, o Branco fica com vantagem material e ataque.

22.Dh6

A dama ocupa uma das casas débeis ao redor do roque, com um efeito decisivo.

22… Tg8

Problema

diagrama16_ataque_ao_rei_inimigo

Ache o melhor lance para o Branco

23.Te4!  

E devido à ameaça 24.Dxh7 Rxh7 25.Th4? o Negro abandonou. Também era possível 24.Td4, com a mesma idéia.

1-0

CONCLUSÕES

Debilitar as casas ao redor do roque pode ter conseqüências fatais se o oponente tem a possibilidade para ocupar essas casas com as peças, enquanto se ameaça desta maneira o rei que fica próximo. No caso de quando essas casas são defendidas por uma peça, como no caso do bispo de “fianchetto”, trocando a peça defensora enfatiza a fraqueza das casas.

Devemos contratar grandes pessoas e não grandes currículos

Recentemente vi um artigo relatando que a Netflix tem o mínimo possível de regras no trabalho, acabando praticamente com 100% da burocracia e dos gargalos das grandes empresas. Porém para realizar este tipo de fluxo dentro da empresa, começaram a procurar grandes profissionais e não grandes currículos.

Eles afirmaram que uma empresa deve especificamente se concentrar em duas coisas:

1- Investir na contratação de funcionários de alto desempenho

2- Construir e manter uma cultura que recompense os profissionais de alto desempenho, e remova os insucessos contínuos, não melhorados e de baixo desempenho.

Eu concordo em número, gênero e grau com está ideia, apesar de que a maioria das empresas tem navegado em direções completamente opostas as citadas a cima, mesmo que em algum momento digam que praticam estas ideias não consigo ver no dia a dia.

recrutamento

Vejamos em qual direção vai a sua empresa:

a) O peso da contratação pela sua empresa esta atrelado a indicações e ao currículo ou ela contrata observando principalmente as habilidades e conquistas realizadas pelo candidato em sua carreira?

b) A sua empresa fica cobrando exaustivamente o cumprimento de horários e procedimentos ou cobra resultados e metas?

c) As premiações são dadas unicamente ao executor das tarefas ou ao grupo num todo?

d) Os salários são compatíveis com o mercado e dependem do cargo ou são superiores aos do mercado e dependem das funções?

Eu poderia continuar enumerando diversas características que diferenciam um método de administração do outro, mas tenho a certeza de que já conseguimos diferenciar as mesmas.

Não ficarei surpreso se no futuro as grandes empresas empregarem este método de administração, já que contratando grandes “Homens” (em um contexto de ser humano e não de sexo), terão um diferencial enorme aos concorrentes, que ainda estarão atrelados a todos os processos intermináveis de uma empresa arcaica.

Espero que em um futuro bem próximo possamos ser testemunhas desta admirável administração que volta a acreditar na potencialidade dos funcionários e nas necessidades do individuo!

Até a maior das árvores, um dia foi semente e o melhor dos Chef um dia foi aprendiz

Ao realizar um dos módulos da Pós Graduação em Gastronomia, tive o dissabor de ver entre os meus colegas de aula uma realidade que não imaginava na área da Gastronomia, pois sempre tive a ilusão de que este universo onde levamos sonhos e tanto carinho, não poderia ser contaminado por tanto pedantismo e falta de espírito em equipe. A primeira atitude que demonstrou este fato foi no primeiro dia de aula prática, eu faço parte de 14% dos alunos que não fizeram a graduação em gastronomia e ao invés de receber apoio nas dúvidas, recebi apenas a frase “você não é Chef, não deveria estar aqui.”, outros fatos me mostraram a realidade obscura da gastronomia que foi o fato de que a turma rapidamente formou seus grupinhos e se recusavam em trocar idéias e material, poucos ajudavam uns aos outros e na maioria das vezes quando isso acontecia era por interesse.

Terminei o módulo procurando conhecer um pouco da técnica de cada um, ajudei no que eu podia e apesar de não conseguir fazer doces requintados finalizei sem nenhum contratempo mais esta etapa.

marco-a-souza-cozinha

Após o curso procurei entender mais o que era realmente ser um Chef e descobri que todos os alunos mesmo aqueles que fizeram a graduação de gastronomia e trabalhavam em um restaurante não podiam ser chamados exatamente de Chef, pois ser Chef de Cozinha é muito mais que uma faculdade ou uma Pós Graduação (3 Chef que estão entre os 5 maiores do mundo não fizeram faculdade de gastronomia), ser Chef de Cozinha é ser um líder dentro e fora de uma cozinha é o responsável por toda a harmonização do Balcão para trás, não é apenas um bom cozinheiro, mas sim, um bom Chef é um excelente cozinheiro, pois tem que ter em sua mente os sabores, as texturas e combinações possíveis de cada ingrediente. Até mesmo o mais famoso curso de culinária do mundo o Le Gordon Blue fala que no término do curso o aluno não se torna um Chef, somente depois de 10 anos de trabalho no ramo que poderá ser chamado realmente de Chef.

Até a maior das árvores, um dia foi semente!
Não queira apressar as coisas, tudo tem seu tempo, seu momento e hora.
Quando se apressa uma árvore a crescer, ela pode definhar ou até mesmo crescer para onde não queres que cresça.
Vá sem pressa, andando, plantando e sentindo o cheiro da terra, o vento no rosto e apreciando a paisagem.
O que planta com pressa perde o privilégio de coisas simples, e acaba perdendo a essência que teve ao dar o primeiro passo.
A pressa não é inimiga da perfeição, a pressa é contra os planos de Deus, porque Deus tem o tempo certo de fazer florescer cada semente, e no tempo certo, a árvore não é só mais um, é aquela que se destaca por ter tido Deus desde o plantar até o crescer. [Yla Fernandes]

Para aqueles que procuram as publicações de gastronomia em meu Blog podem ter a certeza de que irei levar para vocês todo o meu conhecimento (mesmo que seja pouco), na área de assessoria gastronômica e segurança alimentar, pois tenho a convicção que temos que compartilhar nossos conhecimentos e ajudarmos mutuamente uns aos outros.

Então posso falar para todos, eu não quero ser um Chef de Cozinha, quero apenas ser um Amante da Culinária, poder apreciar cada momento que tenho ao realizar uma refeição e ver no final o sorriso e a aprovação de quem apreciou da minha arte.

Aprendendo com a vida dos campeões mundiais – parte 1

A vida dos Campeões Mundiais de Xadrez é algo intrigante, a maioria deles tiveram altos e baixos, apenas os mais recentes viveram exclusivamente para o xadrez e nem sempre esta vida acabou com um final feliz.

Talvez o fato do xadrez ser um esporte altamente competitivo, onde os adversários se confrontam em batalhas épicas, transformam a vida e o caráter destes homens “especiais” em exemplo para a nossa vida, além de apresentar muitas curiosidades e excentricidade.

Nesta primeira parte de Aprendendo com a vida dos campeões mundiais, fui atrás do exemplo (positivo e negativo) de Alexander Alexandrovich Alekhine, um dos mais fantásticos enxadristas da história.

170px-alexanderalekhine
Clique aqui e veja uma das partida mais famosa de Alekhine

Alekhine nasceu em 31 de outubro ou 01 de novembro de 1892 no seio de uma família abastada, o pai era proprietário de terras e membro da Duma, enquanto que a mãe era filha de um rico industrial. Foi a mãe que ensinou a Alexander e ao seu irmão a jogar xadrez, em 1903. Apesar de nascer em uma família de classe alta, Alekhine se apaixonou pelo xadrez e já em 1909 (6 anos após aprender a jogar), foi Campeão Russo Amador, o que lhe garantiu o título de Mestre Nacional. Isso mostra a determinação de Alekhine em ser o melhor no que decidiu a dedicar-se.

Em 1914 Alekhine já havia ganho o título de Grande Mestre Internacional, naquela época apenas 5 jogadores tinham este título. Devido aos torneios em que participava, Alekhine viveu em vários países e falava 4 idiomas.

Depois da Revolução Russa, em 1919, foi dado como suspeito de espionagem e preso em Odessa. Ficou sem jogar durante 3 longos anos, após ser libertado foi morar na França, fez a faculdade de direito e recebeu a cidadania Francesa. Voltou a participar dos principais torneios mundiais e em 1927, seis anos após ser liberto, arrebatou o título mundial de Capablanca. É impressionante como podemos ver a força de reação deste homem, que apesar de todos os percalços (devidos ou não) em sua vida, conseguiu voltar ao seu objetivo de vida e ainda se tornar o melhor do mundo.

Em 1935 perdeu o título mundial para Max Euwe, atribuem esta derrota ao consumo abusivo de álcool por parte de Alekhine, após este fato trágico, iniciou uma batalha contra o vício e dois anos depois em 1937 venceu facilmente a Max Euwe e consagrou-se novamente Campeão Mundial.

Após a II Guerra Mundial, foi acusado de ser espião alemão e foi considerado persona non grata nos torneios de xadrez e faleceu em 24 de março de 1946 em Estoril, Portugal. Uma morte que na época anunciaram como infarto ou ter se sufocado enquanto se alimentava, porém existe uma hipótese atual de que o mesmo foi assassinado por ter sido um espião.

Realmente um homem intrigante, cheio de mistérios, porém observando apenas o lado de jogador, foi uma pessoa extraordinária que ao focar no seu objetivo o perseguia até conseguir chegar ao mesmo. Aprendeu a jogar xadrez com um idade avançada para o nível profissional atual mas rapidamente acendeu ao nível máximo do xadrez. Passou por inúmeras dificuldades, foi preso, viveu uma fase negra da vida onde teve que vencer o alcoolismo e ainda assim conseguiu mostrar a todos que era o melhor do mundo. Infelizmente algumas más escolhas em sua vida o fez terminar de maneira tão prematura esta jornada.

Obrigado Alekhine por ter compartilhado com o mundo a sua genialidade.

Partida e a vida em prova

Em relação a modalidade problema de xadrez, existem inúmeros tipos, mate direto, mate ajudado, mate inverso e etc. Porém existe um muito interessante onde podemos utilizar sua filosofia e técnica de solução para o dia a dia. O Shortest Proof Game (SPG) é um fascinante gênero de problemas de retro-análise que tem adquirido muito interesse recentemente é conhecido como prova de partida mais curta (SPG) ou simplesmente prova de jogo. O objetivo é reconstruir uma partida de xadrez – a partir da posição inicial – que atinja uma dada posição com um certo número mínimo de lances. O dois lados cooperam para alcançar a posição, evidentemente com lances legais. Como recomendável para todos os problemas de xadrez, a solução deve ser única. Geralmente não há nenhum caminho lógico para deduzir a solução, que deve ser encontrada por tentativas, o que torna este tipo de problema bastante difícil.

Exemplo 1: Uma partida terminou com mate no quinto lance, com uma subpromoção a Cavalo. Qual foi a partida? (autor desconhecido, John Nunn’s Favorite Puzzles, Chessmaster 5000, 1996) Solução: 1.d3 e5 2.b3 e4 3.Rd2 exd3 4.Rc3 dxe2 5.Rb2 exd1=C#

Exemplo 2: Uma partida começou com 1.e4 e terminou no 5º lance com um Cavalo tomando uma Torre e dando mate. Qual foi a partida? (autor desconhecido, John Nunn’s Favorite Puzzles, Chessmaster 5000, 1996). Frederic Friedel (ChessBase) relata que propôs este problema a dois ex-campeões mundiais (Botvinnik e Kasparov), que não conseguiram resolvê-lo, assim como vários outros mestres. Solução: Os quatro movimentos restantes das Brancas são insuficientes para o mate, assim são as Pretas que dão o mate e o Cavalo necessita de outra peça para auxiliar no mate. 1.e4 Cf6 2.f3 Cxe4 3.De2 Cg3 4.Dxe7+ Dxe7+ 5.Rf2 Cxh1#

xadrez1

Observando estes dois exemplos de problemas podemos realizar uma paralelo com a vida real, pois imaginamos onde queremos chegar e queremos que seja o mais rápido possível porém nem sempre sabemos quais são nossos próximos passos (ou lances). Por isso devemos quebrar o problema em partes menores, identificando claramente a posição final e focar apenas no que realmente é importante.

Foque sempre no seu objetivo final e planeje como irá conseguir completá-lo, assim tenho a certeza de que não haverá “problema” que não seja resolvido!

O treinamento moral, o amor e a harmonia

Hoje antes de ir para o trabalho escolhi um livro (Ensinamentos de Ouro – Kotama Okada) e pensei em silêncio: “por favor permita-me melhorar hoje!”. Abri o livro aleatoriamente e fui lançado neste capitulo que fica na página 170.

Li 2 vezes o texto antes de sair de casa, e algumas palavras ficaram ecoando em minha mente durante o dia (vou destacá-las do texto), permitam-me compartilhar com os senhores o texto na sua íntegra:

Não devem nunca criticar nem falar mal dos outros, não só porque as pessoas estão vendo, mas porque Deus está observando. Se agirem assim, deixarão de receber milagres e não terão bons resultados.

Se os outros virem como pessoas que gostam de falar mal dos demais, pensarão duas vezes antes de confiar nos senhores ou de lhes confidenciar algo porque sabem que poderão ter problemas. Por fim, será simplesmente como se andassem por aí com uma placa pendurada no pescoço dizendo que não são confiáveis.

É bom elogiarem as pessoas quando elas não estiverem por perto. Mesmo que alguém fale mal de outra pessoa para os senhores, digam: “Isso pode até ser verdade, mas ela também tem tais e tais qualidades”. Então, ele pensará: “Bem, agora que mencionou, vejo que ela realmente tem alguns pontos positivos”. Seus comentários serão indícios para que o interlocutor sinta como a Mahikari é uma organização maravilhosa, em que promove a amizade e o afeto, e a respeitarão. E os que fizeram comentários maldosos pensarão: “Essa pessoa elogia os outros quando eles não estão presentes. Arrependo-me de ter falado mal dos outros”. Quando todos agirem assim é que surgirá a união com amor e harmonia. Todos devem dar importância a esse tipo de treinamento moral.

Na Mahikari, o treinamento moral deve ser constante mas, acima dele, deve existir a prática espiritual. No mundo, o aspecto espiritual é praticamente ignorado e, por isso, muitas questões não são resolvidas. É por essa razão que, em nossa Entidade, se ensina que o aspecto espiritual é o principal, mas importante que o emocional (moral).”

Sai para o trabalho com o firme propósito de me esforçar para detectar as pessoas que chegavam atém mim falando mal de outras pessoas e tentar inverter esta corrente negativa. Porém tenho que ser muito sincero para com os senhores e principalmente para comigo, não consegui realizar o meu treinamento do dia de hoje, vejo o quanto é difícil elogiar as pessoas principalmente quanto são aquelas pessoas que nós temos algum problema em particular com ela.

Minha grande lição no dia de hoje foi de que: “Como é fácil acharmos defeitos nas pessoas e o como é difícil acharmos qualidades!”

Pare uns 4 minutos agora e pense em uma pessoa do seu trabalho e liste mentalmente 5 defeitos e depois liste 5 qualidades, tenho a certeza de que para 99% das pessoas será mais difícil achar as qualidades do que os defeitos e com certeza as pessoas não acharam só 5 defeitos mas muitos outros.

Estou envergonhado de ainda ter esta dificuldade para enxergar o que os outros têm de melhor, mas estarei fazendo outro treinamento e convido a todos a fazer juntos comigo e postar futuramente os resultados.

A partir de hoje ao me deitar irei me lembrar das pessoas de quem falei algo negativo e procurarei qualidades positivas nesta pessoa. No dia seguinte a primeira coisa que vou fazer é de alguma maneira expor estas qualidades positivas dela, para todos. Quem sabe assim eu consiga amanhã, ser melhor do que hoje!

Não julgueis, e não sereis julgados

Hoje fazendo uma rápida reflexão observei que tenho julgado muitas pessoas, o pior, tenho julgado com pesos diferentes, mostrando que estou colocando meu Ego na frente da razão.

Após o almoço quando consegui ficar em completa tranqüilidade, abri o meu computador e fiz uma rápida pesquisa no Google sobre “Julgar o próximo”, e na primeira página que abri acabei encontrando esta resposta que segue abaixo na sua integra (clique aqui e veja o link do Google). Estarei colocando em negrito trechos que acho bastante interessante!

[Lucas 6:36-38]

“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.” “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.”

Deus na sua misericórdia, dá ao pecador três chances.
A primeira chance é a de não julgar, e deixar esta prerrogativa para Deus. Livramo-nos então de uma carga imensa, e escapamos até de sermos julgados. Quando julgamos alguém, estamos na verdade julgando a nós mesmos, “porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”, se não julgarmos, também não seremos julgados.

A segunda chance do pecador é (uma vez julgando) a de não condenar.

Como no caso da mulher adúltera. O pecado era claro. Mas de que serviria a condenação? Então se o julgamento for inevitável, julgue pela reta justiça, e não condene. Olhe com olhos de luz, e não com olhos de trevas.

A terceira chance é a de (uma vez julgando e condenando) perdoar.

É a sua última chance. Lembre-se do credor incompassivo. Se você precisa perdoar alguém, é porque você já cometeu dois pecados (julgou e condenou). Não dê essa trela para o maligno. Perdoe e livre-se desta carga. E se você acha que não conseguiu perdoar o suficiente, então faça o seguinte: “dai”, ajude mais um pouco a quem te deve. Dê um pouco mais. Uma boa medida, recalcada, sacudida, transbordante e generosa, pois assim é o reino de Deus.

NA FORMA POR QUE OUÇO JULGO

[Prossiga agora com João 5: 19-30; e João 12: 44-50]

“E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento, a fim de que todos honrem o Filho, do modo porque honram o Pai. Quem não honra ao Filho não honra ao Pai que o enviou.”

“Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço julgo, O meu juízo é justo porque não procuro a minha própria vontade, e, sim a daquele que me enviou.”

Se alguém ouvir as minha palavras, e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e, sim para salvá-lo

“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”

O Pai a ninguém julga. Jesus tampouco julga a ninguém. Quem julga é a própria Palavra proferida por Jesus, e prescrita pelo Pai. Note que a Palavra não é meramente um discurso, uma mensagem ou um ensinamento. A Palavra é uma terceira pessoa, é viva, e tem força de Lei.

Mais do que força de Lei, a Palavra tem força de Juiz, pois é ela quem julga. E a Palavra de Jesus julga a Palavra do homem.

“na forma por que ouço julgo”

“…porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado.”

Qual tem sido a sua Palavra? Que comentários você tem feito sobre o seu próximo? O que você tem a dizer? Qual é a sua mensagem? Qual o julgamento e a condenação que você tem proferido para si mesmo, pensado estar se referindo a outra pessoa? Você tem se perdoado ultimamente através do perdão ao próximo? Amar ao próximo como a si mesmo não é apenas uma bonita regra de conduta. É uma verdade fundamental. Assim como você ama o próximo, assim estará se amando. O que você prescreve para o próximo, para você também estará se prescrevendo.

QUEM OUVE A MINHA PALAVRA NÃO ENTRA EM JUÍZO

“Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” João 5. 24

“Não entrar em juízo”, não significa somente “não ser julgado”. Significa também “abster-se de julgar”. Na versão anterior da tradução de Almeida, lê-se “…não entra em condenação”. Da mesma forma, “não entrar em condenação” também não significa apenas “não ser condenado” mas também “abster-se de condenar”.

Quem julga o pecado ou o pecador, está em processo de morte. Pecado é sinônimo de morte. Quem crê e abstêm-se de julgar e abstêm-se de condenar, abstêm-se também de alimentar-se do pecado. Abstêm-se de cultivar a morte no coração. Passa da morte para a vida. Deixa o pecado e ganha a vida eterna.”

Nesta minha curta caminha me foi falado uma vez uma frase que penetrou na minha alma como lei, “Seja amoroso com as outras pessoas e rigoroso com sigo mesmo!“, sempre procurei aceitar e perdoar as “falhas, erros, insuficiências” dos outros enquanto eu tentava fazer com que minhas atitudes fossem as mais corretas possíveis. Mas sendo bastante franco, isso não tem acontecido.

Quando eu percebo as “falhas” dos outros já estou julgando através do pensando: “como ele pode fazer isso, eu não faria desta maneira!” Mesmo que eu acabe agindo de outra maneira diferente do meu pensamento, eu já o julguei e condenei através do meu sentimento.

Ainda bem que a Bíblia fala que Deus deu 3 chances para nós:

Não julgar: realmente quando você não julga e deixa este julgamento para Deus ou para os “homens que têm este poder”, você livra o seu coração de um peso enorme.

– Não condenar: ao não conseguir deixar de julgar você não deve condenar, apenas esqueça, saiba que o que aconteceu é errado, mas não cabe a você dar a sentença final.

– Perdoar: através de toda a sabedoria de Deus que tem a plena consciência de que os homens são falhos, ainda permite uma última chance de se aliviar deste enorme fardo, permitindo que mesmo julgando e condenando ainda podemos perdoar e nos livrar deste peso que só tem uma única finalidade, a de ir nos matando aos poucos.

Sei que não terei feito meu último julgamento e nem terei realizado minha última condenação, mas estarei me esforçando com todas as minhas forças para que eu ainda possa perdoar muitas e muitas vezes as pessoas que em meu pensamento tenham me feito algo de ruim, mas principalmente, que eu sempre possa perdoar a mim mesmo, pois só assim, Hoje serei melhor que ontem!